Localiza-se na cidade de Benguela e tem um acervo de cerca de 9.150 peças.
O edifício onde funciona é uma obra do Século XVII / XVIII, onde os escravos eram armazenados temporariamente, até serem exportados para a América em navios negreiros.
Ocupa um perímetro de 8.000 m2 e foi construído de blocos de pedra calcária, possui portões e gradeamentos de ferro maciço.
Depois do fim do tráfico de escravos, o edifício passou a pertencer à Alfândega de Angola.
Em 1976 foi neste edifício criado o Museu Nacional de Arqueologia de Benguela, para inicialmente conservar os objectos arqueológicos existentes.
Pouco tempo depois foi criada uma equipa para pesquisa arqueológica que sob direcção do seu fundador, o arqueólogo conservador Luís Pais Pinto, iniciou as investigações por todo território nacional.
Em vinte e oito anos de trabalho, o museu descobriu já cerca de 50 estações arqueológicas para além das 16 já anteriormente conhecidas.
Desde então, a actividade fundamental do museu tem sido as pesquisas arqueológicas para além do atendimento ao público.
Objectivos
O museu é uma instituição de carácter científico, de investigação, de formação de quadros, de conservação e de informação arqueológica.
O Museu através das suas exposições permanentes e temporárias, assim como as itinerantes, dá a conhecer o resultado dos seus trabalhos de pesquisa.
Acervo Possui 50 estações arqueológicas descobertas após a independência e 16 antes da independência, 49 destas estações localizam-se na região de Benguela e foram descobertas pela brigada de pesquisa do MNAB, desde 1976.
A última localiza se em Luanda.
O acervo
É composto por 9.147 peças inventariadas nomeadamente: seixos, chopprs, chopping – tools, bifaces, picos, raspadores, machadinhos, lascas, laminas, trinchantes, núcleos, levallois, precuatores, mós, ossos fossilizados e não fossilizados, cerâmica, missangas feitas de concha de ostra, moedas de macuta, etc.
O material vai do paliativo até meados da idade moderna.
Serviços Auxiliares
O Museu para além da sala de exposição, possui área administrativa, 3 alas (subaproveitadas) no interior, duas áreas lavabos e arrecadação, uma zona paisagística (jardim), um laboratório e uma biblioteca.
Educação e Animação Cultural
O MNAB tem fundamentalmente um carácter educativo e instrutivo.
Dentro das suas actividades, tem procurado divulgar os resultados das pesquisas arqueológicas de formas diversas como: palestras, encontros e exposições itinerárias nas escolas de vários níveis, bem como em outras instituições públicas e ainda através dos órgãos de comunicação.
A educação e instrução dos jovens tem sido o foco central das sua actividades onde se procura transmitir a importância da actividade arqueológica, principalmente no que diz respeito as fontes materiais estudadas pela arqueologia, como fonte indispensável para a obtenção de informações sobre o passado das civilizações mais longínquas do território que hoje é Angola.
Muitos têm sido os visitantes que ocorrem ao MNAB, entre nacionais e estrangeiros, de forma individual como colectiva.
A maioria dos visitantes que recorrem ao MNAB, são estudantes que procuram desenvolver e aprofundar os seus conhecimentos através das exposições abertas ao público e da consulta da bibliografia disponível na biblioteca.
Exposições
Depois das pesquisas arqueológicas, a montagem de exposições é a função predominante do MNAB é da responsabilidade do departamento de educação e animação cultural.
As exposições são geralmente temporárias (de 4 a 6 meses) e os temas sobre estas tem sido alucinantes e geralmente, são produto do resultado das pesquisas arqueológicas ou ainda sobre os aspectos ligados aos valores culturais das diferentes etnias de Angola.
O museu procura com os temas expostos, desenvolver nos jovens capacidades intelectuais que lhes permitam valorizar o vasto patrimônio histórico – Cultural de Angola.
A montagem de exposições limitasse ao reduzido espaço do átrio principal do museu, por de momento não haver outros espaços disponíveis mas que futuramente serão uma realidade.