Madaleno Constantino reagia à atribuição do prémio principal desta categoria ao Lobito, aquando do fórum realizado na cidade de Malanje, onde se fizeram representar os 164 municípios do país.
Falando à ANGOP, o ambientalista afirmou que este prêmio representa uma “grande vitória” para os munícipes da Cidade dos Flamingos, sobretudo para a Administração Municipal, na qualidade de entidade gestora desta parcela do país.
“É importante realçar que este prêmio só foi possível graças aos esforços conjugados entre a entidade pública (AML) e a sociedade civil do Lobito, nomeadamente as Organizações Não Governamentais que têm projectos em curso, voltados para a conservação dos ecossistemas e da biodiversidade”, considerou.
Assegurou que o Lobito tem a “benção” de ter Organizações como a Associação dos Defensores e Amigos do Ambiente (ADAMA) e a Otchiva, muito empenhadas na conservação dos ecossistemas e biodiversidade.
“A Administração está de braços abertos em apoiar estas organizações e os seus projectos, criando um impacto bastante positivo para as espécies, para os ecossistemas, para a biodiversidade e, sobretudo, para os munícipes deste território”, afirmou Madaleno Constantino é de opinião que, se de um lado o prémio vem como reconhecimento daquilo que já foi feito nos últimos doze meses, do outro lado deve-se encará-lo como incentivo para mais trabalho.
“O que podemos fazer daqui em diante é redobrar esforços, trabalhar cada vez mais para manter aquilo que foi conquistado. Tenho a certeza que trabalhando deste modo, estaremos a contribuir para uma Angola melhor”, opinou.
Acrescentou que, apesar das limitações dos recursos, os ambientalistas contribuem a partir do Lobito e existem outras pessoas a contribuírem para o mesmo fim, noutras partes de Angola.
“Se todos nós remarmos neste sentido, teremos uma Angola melhor a curto ou médio prazo”, assegurou. Segundo ele, é importante realçar que doravante precisam trabalhar cada vez mais e este prêmio dá mais responsabilidade porque os desafios são grandes.
Lembrou que as características da cidade do Lobito são bastante complexas. “Há bastante pressão demográfica sobre certos habitats, com destaque para os mangais, que carecem de bastante atenção, uma vez que existem vários interesses de âmbito comercial", enfatizou.
“É necessário que trabalhemos para conservação destes habitats e ecossistemas, de modos que as espécies continuem a ter aquele espaço como uma paraíso e que de alguma forma possam beneficiar os munícipes”, acrescentou.
Nas zonas húmidas da cidade do Lobito existem várias espécies, com destaque para os flamingos que se tornaram no símbolo da cidade, devido ao seu encanto que atrai não só os munícipes, como turistas nacionais e estrangeiros. TC/CRB