Os Ovimbundu são uma etnia bantu de Angola. Eles constituem 37% da população do país. Os
seus subgrupos mais importantes são os Mbalundu ("Bailundos"), os Wambo
(Huambo), os Bieno, os Sele, os Ndulu, os Sambo e os Kakonda (Caconda).
Os Ovimbundu ocupam hoje o planalto central de Angola e a faixa costeira adjacente, a uma região que compreende as províncias do Huambo, Bié e Benguela.
São um povo que, até à fixação dos portugueses em Benguela, vivia da agricultura de subsistência, da caça e de alguma criação de gado bovino e de pequenos animais.
Durante algum tempo, uma vertente importante teve o comércio das caravanas entre o Leste da Angola de hoje e os portugueses de Benguela.
Este comércio entrou em colapso quando, no início do século XX, o sistema colonial português lhes exigia o pagamento de impostos, os Ovimbundos viraram-se sistematicamente para a agricultura de produtos comercializáveis, principalmente o milho.
No decorrer do século XX, e em especial no período da "ocupação efectiva" de Angola, implementada a partir de meados dos anos 1920, a maioria dos Ovimbundu tornou-se cristã, aderindo quer à Igreja Católica, quer a igrejas protestantes, principalmente à Igreja Evangélica Congregacional de Angola (IECA), promovida por missionários norte-americanos.
Esta cristianização teve, entre outras, duas consequências incisivas.
Uma, a constituição, em todo o Planalto Central, de aldeias católicas, protestantes e não-cristãs separadas.
A outra, um grau relativamente alto de alfabetização e escolarização, e por conseguinte também do conhecimento do português.
Em simultâneo houve dois processos de certo modo interligados.
Por um lado, formou-se lentamente uma identidade social (um sentido de pertença) abrangendo todos os Ovimbundu, e não apenas subgrupos como p.ex. os M'Balundu ou os M'Bieno.
Por outro lado, verificou-se uma "umbundização" cultural, inclusive linguística, de alguns povos vizinhos que tinham tido (e em certa medida mantiveram) características algo distintas dos Ovimbundu.
Os Ovimbundu foram muito afectados tanto pela guerra anti-colonial em Angola como pela guerra civil angolana.
Durante a primeira, o Estado colonial impôs no Planalto Central (como também noutras partes do território), no fim dos anos 1960/início dos anos 1970, o sistema das “aldeias concentradas”.
Este sistema consistiu em juntar num único lugar duas ou três diferentes aldeias, frequentemente de religiões diferentes.
Os sítios destas “aldeias concentradas” eram escolhidos pelas autoridades coloniais de acordo com critérios considerados como estratégicos, do ponto de vista da segurança.
Por desconhecimento, tais critérios raramente correspondiam às exigências da agricultura de adaptação praticada (por necessidade, não por opção) pelos Ovimbundu.
O resultado foram sérios prejuízos económicos que forçaram muitos homens a aceitar a contratação como mão-de-obra assalariada (e mal paga) nas plantações de café, no Norte de Angola, ou nas plantações de europeus existentes na sua região.
Estas circunstâncias tornaram-se fortes razões para uma adesão, naturalmente clandestina, de grande parte dos Ovimbundu à UNITA, movimento anti-colonial armado encabeçado por um Ovimbundu, Jonas Savimbi.
A segunda teve as suas raízes na concorrência pela tomada do poder, entre os movimentos anti-coloniais FNLA, MPLA e UNITA, despoletada pela intenção, manifestada por Portugal em 1974, a seguir ao derrube do regime autoritário corporativista instaurado por Salazar, de retirar-se das suas então colónias.
Tendo o MPLA saído vitorioso deste conflito, e assumido sozinho o poder político na Angola tornada independente, a UNITA optou em 1975 por uma oposição armada ao MPLA que apenas terminou com a morte de Jonas Savimbi, em 2002.
Durante estes 17 anos, os Ovimbundu sofreram o impacto dos combates que se desenrolaram na sua região, e que levaram entre outros à quase destruição das cidades de Huambo e Kuito, mas também o da repressão por parte das tropas governamentais (MPLA).
As consequências foram perturbações acentuadas no funcionamento económico da sociedade umbundu e um êxodo rural maciço para as cidades, em parte para as da própria região, com destaque para Huambo , Benguela e Lobito, mas numa parte crescente para fora da região, principalmente Luanda e áreas adjacentes, e em segundo lugar para as capitais de província, de Malanje até Lubango e Ondjiva Ritos e costumes do Povo Ovimbundu.
O povo ovimbundu aprecia muito a música acompanhada
de dança diversificada de acordo ás circunstâncias dos rituais, pois através da
música e da dança ele manifesta os seus sentimentos afectivos que podem ser de
alegria ou tristeza.
O dançarino é uma figura pública dominadora da
arte da dança e por isso tem um lugar de referência na sociedade.
Pode ser homem ou mulher.
Ele/ela dançam em público em festas tradicionais
como a entronização, de iniciação a puberdade, na morte de um Rei entre outras.
A dança dos mais velhos - Olundongo
Executa-se durante o dia.
Os executantes vestem-se de panos amarrados
com cintos e usam o batuque
Esta dança usa-se tradicionalmente na
entronização, em obitos, despedidas de lutos das dançarinas, dos caçadores,
circuncisores e soberanos.
Onyaca Onyaca - Modalidade da dança tradicional, executada pelas mulheres.
Geralmente usa-se na despedida de luto de quem em vida também usava tal dança Okatita Okatita - Dança tradicional usada pelos ambos os sexos, em momentos de diversão.
Newsletter
Endereço de email inválido
Linha de Apoio
Suporte por Whatsapp
931 510 510
O Live Chat Whatsapp está disponível de:
- - Todos os dias das 08H00 às 22H00
-
Este Serviço Live Chat destina-se a esclarecer os utilizadores e prestar informações sobre unidades hoteleiras e pontos turísticos.
Serviço efectuado pela Linha de Apoio do www.hoteisangola.com
Suporte por Telefone
Conteúdo
+244 931 510 510
O Linha de Apoio está disponível de:
-
- - Todos os dias das 08H00 às 22H00
-
Este serviço destina-se a esclarecer os utilizadores e prestar informações sobre unidades hoteleiras e pontos turísticos.
Serviço efectuado pela Linha de Apoio do www.hoteisangola.com
Suporte por Email
Leia também